O Dia Internacional da Língua Materna é comemorado em 21 de fevereiro e foi proclamado pela UNESCO em 17 de novembro de 1999. Foi reconhecido formalmente pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que estabelece 2008 como o ano internacional das Línguas.
A data marca os graves acontecimentos ocorridos em 1952 em Bangladesh, quando um grupo de estudantes de Daca, hoje capital do país, foram mortos em confronto com a polícia ao defendem a sua língua materna. A revolta dos estudantes começou alguns anos antes, quando em 21 de março de 1948, Muhammad Ali Jinnah, general do Paquistão, declarou que urdu seria a única língua para o oeste e Paquistão do leste. Os povos de Paquistão do Leste (agora Bangladesh), cuja a língua principal é bengali, começaram protestar e deu-se a tragédia. Desde então, em Bangladesh é comemorado o DIA DO MOVIMENTO DA LÍNGUA, adotado pela Unesco em 1999.
As línguas em risco
Em todo o mundo, existem quase 7 mil línguas conhecidas. Desse total, aproximadamente 200 desapareceram nas últimas décadas, segundo dados do Atlas Unesco das línguas em perigo no mundo. No Brasil, atualmente são faladas cerca de 210 línguas, de acordo com estimativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os grupos indígenas falam cerca de 180 línguas, sendo que até o ano de 1500 eram mais de mil línguas; e as comunidades de descendentes de imigrantes – como italianos e alemães - cerca de 30 línguas.
Estudos da ONU apontam que um terço das línguas faladas no mundo hoje está em risco de extinção, por isto, o Dia Internacional da Língua Materna representa um esforço para promover a preservação e proteção de todas as línguas faladas pelos povos do planeta.
Texto de José Carlos da Silva
Edição de Fernanda Alves Gonzaga
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