sexta-feira, 30 de maio de 2014

MURAL INTERDISCIPLINAR

TRABALHO DE ARTES E LITERATURA


REALIZAÇÃO: 1º ANO G, 2º ANO E 6º PERÍODO A
TURNO SOTURNO 
COORDENAÇÃO: PROF. FERNANDA ALVES GONZAGA
AÇÃO 2.2.1 - PROEMI 





quinta-feira, 29 de maio de 2014

VEREADOR ESTUDANTIL

CÂMARA MUNICIPAL DE VIANÓPOLIS REALIZOU SESSÃO ESPECIAL PARA EMPOSSAR VEREADORES ESTUDANTIS.


Onze alunos de escolas de nosso município foram eleitos vereadores estudantis e tomaram posse neste 29 de maio em sessão especial realizada pela Câmara Municipal.
Os vereadores estudantis eleitos fazem parte do Projeto Vereador Estudantil, de autoria do vereador Samuel Cotrim e aprovado no ano passado.
Os onze vereadores estudantis titulares são:
* Alessandro Cotrim Machado, da Escola Municipalizada Ângelo de Paula Albernaz da Localidade de Adelinópolis;
* Arthur de Souza Mattos, da Escola Municipalizada Luíza Viana;
* Carlos Gabriel Gomes Caixeta, da Escola Municipal Vó Maria do Bairro Michelli;
* Thais Xavier da Silva, da Escola Municipal Antônio de Souza Lobo Sobrinho da Localidade de Caraíba;
* Lorena Cristina dos Santos, da Escola Municipal Antônio de Araújo Moraes da Localidade de Ponte Funda;
* Fernanda Adriana Arruda Silva, da Escola Municipal Paulo VI e Extensão;
* Lorena Stefany Silva Guimarães, da Escola Estadual Zenaide Campos Roriz;
* Gustavo Ferreira Inohona, da Escola Estadual Americano do Brasil;
* João Victor Brito Ramos, do Colégio Professor Sebastião Bueno;
* Maria Luisa Franco Rodrigues, do Colégio Estadual Armindo Gomes;
* Antônio de Araújo Moraes Neto, do Colégio Estadual Jandira Bretas Quinan.

Parabenizamos e desejamos boa sorte a todos.

Fonte: http://correspondentevianopolino.blogspot.com.br/
Edição: Fernanda Alves Gonzaga

NAVIO NEGREIRO

O Navio Negreiro
Castro Alves

Um dos mais conhecidos poemas da literatura brasileira, O Navio Negreiro – Tragédia no Mar foi concluído pelo poeta em São Paulo, em 1868. Quase vinte anos depois, portanto, da promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravos, de 4 de setembro de 1850. A proibição, no entanto, não vingou de todo, o que levou Castro Alves a se empenhar na denúncia da miséria a que eram submetidos os africanos na cruel travessia oceânica. É preciso lembrar que, em média, menos da metade dos escravos embarcados nos navios negreiros completavam a viagem com vida.

“'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço 
Brinca o luar - dourada borboleta; 
E as vagas após ele correm... cansam 
Como turba de infantes inquieta.

'Stamos em pleno mar... Do firmamento 
Os astros saltam como espumas de ouro... 
O mar em troca acende as ardentias, 
- Constelações do líquido tesouro...

'Stamos em pleno mar... Dois infinitos 
Ali se estreitam num abraço insano, 
Azuis, dourados, plácidos, sublimes... 
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...

'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas 
Ao quente arfar das virações marinhas, 
Veleiro brigue corre à flor dos mares, 
Como roçam na vaga as andorinhas...

Na segunda parte do poema, composta em versos redondilhos maiores (heptassílabos), ao seguir o navio misterioso, pedindo emprestadas as asas do albatroz, o eu lírico escuta as canções vindas do mar. 
 

Ao se aproximar, na terceira parte, em versos alexandrinos, o eu lírico se horroriza com a “cena infame e vil”, descrita na quarta parte do poema, através de versos heterossílabos, alternando decassílabos e hexassílabos:

Era um sonho dantesco... o tombadilho 
Que das luzernas avermelha o brilho. 
Em sangue a se banhar. 
Tinir de ferros... estalar de açoite... 
Legiões de homens negros como a noite, 
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas 
Magras crianças, cujas bocas pretas 
Rega o sangue das mães: 
Outras moças, mas nuas e espantadas, 
No turbilhão de espectros arrastadas, 
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente... 
E da ronda fantástica a serpente 
Faz doudas espirais ... 
Se o velho arqueja, se no chão resvala, 
Ouvem-se gritos... o chicote estala. 
E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia, 
A multidão faminta cambaleia, 
E chora e dança ali! 
Um de raiva delira, outro enlouquece, 
Outro, que martírios embrutece, 
Cantando, geme e ri!

Na quinta parte, novamente em heptassílabos, o poeta faz um retrocesso temporal, descrevendo a vida livre dos africanos em sua terra. Cria, assim, um contraponto dramático com a situação dos escravos no navio. Na última estrofe Castro Alves retoma os decassílabos do início para protestar com veemência contra a crueldade do tráfico de escravos:

Existe um povo que a bandeira empresta 
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... 
E deixa-a transformar-se nessa festa 
Em manto impuro de bacante fria!... 
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, 
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto 
Que o pavilhão se lave no teu pranto!... 
Auriverde pendão de minha terra, 
Que a brisa do Brasil beija e balança, 
Estandarte que a luz do sol encerra 
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra, 
Foste hasteado dos heróis na lança 
Antes te houvessem roto na batalha, 
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga! 
Extingue nesta hora o brigue imundo 
O trilho que Colombo abriu nas vagas, 
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga 
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo! 
Andrada! arranca esse pendão dos ares! 
Colombo! fecha a porta dos teus mares!


Fonte; http://www.casadobruxo.com.br/poesia/c/castrobio4.htm
Edição: Fernanda Alves  Gonzaga




sábado, 22 de março de 2014

VÁ SER TOSCO NA VIDA


“Tosco” é o nome do livro e do personagem principal da história criada por Gilberto Mattje, que serve para levar aos jovens uma reflexão em relação à vida. A publicação alerta os adolescentes sobre suas escolhas e os leva a pensar sobre as responsabilidades. O projeto é realizado nas escolas, envolve a leitura do livro e toda a comunidade escolar, o que contribui para uma melhora de comportamento.


As pesquisas realizadas pela Editora Alvorada confirmam a necessidade de projetos que evoquem a reflexão sobre o assunto na escola. De acordo com os dados gerais da pesquisa pré-projeto, 32% dos alunos já presenciaram ou viveram violência física, verbal ou psicológica, e 48% afirmaram que essas violências ocorreram dentro da escola.
“Tosco em Ação” já atuou em Mato Grosso do Sul, Paraná, Roraima, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Piauí e Goiás e envolveu mais de 500 mil pessoas. Atualmente acontece em Minas Gerais, Goiás, que agora aplica o Projeto ao Ensino Médio e São Paulo.
Fonte: Site da editora alvorada
Edição: Fernanda Alves Gonzaga



Serviço – Para conhecer melhor sobre o projeto “Tosco em Ação” acesse o site da Editora Alvorada
ou entre no Facebook do “Tosco” 

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domingo, 23 de fevereiro de 2014

VIOLÊNCIA, NÃO!

O que é Violência?
          Violência significa usar a agressividade de forma intencional e excessiva para ameaçar ou cometer algum ato que resulte em acidente, morte ou trauma psicológico.

      A violência se manifesta de diversas maneiras, em guerras, torturas, conflitos étnico-religiosos, preconceito, assassinato, fome, etc. Pode ser identificada como violência contra a mulher, a criança e o idoso, violência sexual, violência urbana, etc. Existe também a violência verbal, que causa danos morais, que muitas vezes são mais difíceis de esquecer do que os danos físicos.

         A palavra violência deriva do Latim “violentia”, que significa “veemência, impetuosidade”. Mas na sua origem está relacionada com o termo “violação” (violare).

        Quando se trata de direitos humanos, a violência abrange todos os atos de violação dos direitos: civis (liberdade, privacidade, proteção igualitária); sociais (saúde, educação, segurança, habitação); econômicos (emprego e salário); culturais (manifestação da própria cultura) e políticos (participação política, voto); bulliyng, violência doméstica, drogas, pedofilia, etc.


FONTE: http://www.significados.com.br/violencia/

DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA MATERNA


          O Dia Internacional da Língua Materna é comemorado em 21 de fevereiro e foi proclamado pela UNESCO em 17 de novembro de 1999. Foi reconhecido formalmente pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que estabelece 2008 como o ano internacional das Línguas.
         A data marca os graves acontecimentos ocorridos em 1952 em Bangladesh, quando um grupo de estudantes de Daca, hoje capital do país, foram mortos em confronto com a polícia ao defendem a sua língua materna. A revolta dos estudantes começou alguns anos antes, quando em 21 de março de 1948, Muhammad Ali Jinnah, general do Paquistão, declarou que urdu seria a única língua para o oeste e Paquistão do leste. Os povos de Paquistão do Leste (agora Bangladesh), cuja a língua principal é bengali, começaram protestar e deu-se a tragédia. Desde então, em Bangladesh é comemorado o DIA DO MOVIMENTO DA LÍNGUA, adotado pela Unesco em 1999.
As línguas em risco
Em todo o mundo, existem quase 7 mil línguas conhecidas. Desse total, aproximadamente 200 desapareceram nas últimas décadas, segundo dados do Atlas Unesco das línguas em perigo no mundo. No Brasil, atualmente são faladas cerca de 210 línguas, de acordo com estimativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os grupos indígenas falam cerca de 180 línguas, sendo que até o ano de 1500 eram mais de mil línguas; e as comunidades de descendentes de imigrantes – como italianos e alemães - cerca de 30 línguas.
Estudos da ONU apontam que um terço das línguas faladas no mundo hoje está em risco de extinção, por isto, o Dia Internacional da Língua Materna representa um esforço para promover a preservação e proteção de todas as línguas faladas pelos povos do planeta.

Texto de José Carlos da Silva
Edição de Fernanda Alves Gonzaga

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

MANDELA, SINÔNIMO DE LUTA PELA LIBERDADE

HOMENAGEM A UM GRANDE HOMEM
MANDELA, SINÔNIMO DE LUTA PELA LIBERDADE

Nelson Rolihlahla Mandela nasceu no dia 18 de julho de 1918, no vilarejo de Qunu, distrito de Umtata, Transkei. Era de origem Xhosa (etnia), na infância tornou-se no primeiro membro de sua família a frequentar a escola.
Aos 19 anos, mudou-se para Fort Beaufort para estudar e praticar esportes como boxe e corridas, tinha o objetivo de se tornar bacharel em direito. Se envolveu com o o movimento estudantil e lutando contra as políticas universitárias foi expulso da universidade, tendo que concluir o curso por correspondência pela Universidade da África do Sul.
Já se envolvia também com a oposição ao apartheid, uniu-se ao Congresso Nacional Africano (CNA) em 1942, lançando a Liga Jovem do CNA em prol dos direitos aos negros. Em 1955, participou do Congresso do Povo e da publicação da Carta da Liberdade anti-apartheid. Na década de 60, participou de lutas armadas, sendo preso em agosto de 1962.


Em 1964, foi condenado a prisão perpétua, ficou preso durante 27 anos. Em 1985, não aceitou a liberdade em troca de renunciar a luta anti-apartheid. Alcançou a liberdade em 11 de fevereiro de 1990, depois de forte pressão internacional e campanha do CNA, aos 72 anos. Recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1993, junto com o então presidente sul-africano Frederik de Klerke.
Adicionar legenda
Primeiro presidente negro do país, eleito em 1994, presidiu a África do Sul até 1999. Depois da presidência continuou no trabalho em defesa aos direitos humanos; em 2004, começou a se afastar da vida pública, mantendo sua postura participativa no combate a AIDS.
Em sua homenagem a ONU instituiu o Dia Internacional Nelson Mandela no dia de seu nascimento, como forma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia.


Faleceu no 05 de dezembro de 2013, aos 95 anos, por doenças respiratórias adquiridas no período em que esteve preso.

FONTE: http://www.infoescola.com/biografias/nelson-mandela/
EDIÇÃO:  Fernanda Alves Gonzaga

O que foi o regime do Apartheid?

A África do Sul foi uma região dominada por colonizadores de origem inglesa e holandesa que, após a Guerra dos Boeres (1902) passaram a definir a política de segregação racial como uma das fórmulas para manterem o domínio sobre a população nativa. Esse regime de segregação racial - conhecido como apartheid - começou a ficar definido com a decretação do Ato de Terras Nativas e as Leis do Passe.
"O Ato de Terras Nativas" forçou o negro a viver em reservas especiais, criando uma gritante desigualdade na divisão de terras do país, já que esse grupo formado por 23 milhões de pessoas ocuparia 13% do território, enquanto os outros 87% das terras seriam ocupados pelos 4,5 milhões de brancos. A lei proibia que negros comprassem terras fora da área delimitada, impossibilitando-a de ascender economicamente ao mesmo tempo que garantia mão de obra barata para os latifundiários brancos.

Nas cidades eram permitidos negros que executassem trabalhos essenciais, mas que viviam em áreas isoladas (guetos). As "Leis do Passe" obrigava os negros a apresentarem o passaporte para poderem se locomover dentro do território, para obter emprego.

A partir de 1948, quando os Afrikaaners (brancos de origem holandesa) através do Partido Nacional assumiram o controle hegemônico da política do país, a segregação consolidou-se com a catalogação racial de toda criança recém nascida, com a Lei de Repressão ao Comunismo e com a formação dos Bantustões em 1951, que eram uma forma de dividir os negros em comunidades independentes, ao mesmo tempo em que estimulava-se a divisão tribal, enfraquecia-se a possibilidade de guerras contra o domínio da elite branca.

Mesmo assim a organização de mobilizações das populações negras tendeu a crescer: em 1960 cerca de 10.000 negros queimaram seus passaportes no gueto de Sharpeville e foram violentamente reprimidos.
- greves e manifestações eclodiram em todo o país, combatidas pela com o exército nas ruas.
- ruptura com a Comunidade Britânica (1961)
- fundada a Lança da Nação, braço armado do CNA
- em 1963 Mandela foi preso e condenado a prisão perpétua.




INVICTUS - Ernest Henley

Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado-a-lado
Eu agradeço aos deuses que existem
Por minha alma indomável

Nas garras cruéis da circunstância
Eu não tremo ou me desespero
Sob os duros golpes da sorte
Minha cabeça sangra,
Mas não se curva,

Além deste lugar de raiva e choro
Para somente o horror da sombra
E, ainda assim a ameaça do tempo
Vai me encontrar e me achar, destemido

Não importa se o portão é estreito,
Não importa o tamanho do castigo.
Eu sou o dono do meu destino.
Eu sou o capitão da minha alma


O poema Invictus foi uma fonte de inspiração a Nelson Mandela. Quando aprisionado em obben Island, onde cumpria pena de trabalhos forçados, o líder sul-africano, símbolo da luta contra o Apartheid, encontrou nas palavras de Ernest Henley a esperança e a força necessárias para manter-se vivo. Mandela conta que toda vez que começava a esmorecer, lia e relia o texto, em busca de um "companheiro" para a dor.

Durante a década de 70 a radicalização aumentou, tanto com os atos de sabotagem por parte da guerrilha, como por parte de governo, utilizando-se de intensa repressão.

Na década de 80 o apoio interno e externo à luta contra o Apartheid se intensificaram, destacndo-se a figura de Winnie Mandela e do bispo Desmond Tutu.


A ONU, apesar de condenar o regime sul-africano, não interveio de forma efetiva, nesse sentido o boicote realizado por grandes empresas deveu-se à propaganda contrária que o comércio com a Africa do Sul representava.

A partir de 1989, após a ascensão de Frederick de Klerk ao poder, a elite branca começa as negociações que determinariam a legalização do CNA e de todos os grupos contrários ao apartheid e a libertação de Mandela.